A visualização de neurônios revela conversas secretas da conversa

Sinais complexos e sinais subconscientes estão subjacentes a toda a comunicação verbal de uma pessoa e, no horizonte, aparece a possibilidade de traduz i-los em tempo real.

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Estudar conversas humanas não é uma tarefa fácil. Por exemplo, quando as pessoas começam a conversar, elas coordenam claramente seu discurso – as pessoas raramente conversam entre si e raramente deixam intervalos longos, imponounteáveis ​​e silenciosos. A conversa parece uma dança sem coreografia e música – espontânea, mas estruturada. Para apoiar essa coordenação, os interlocutores começam a coordenar sua respiração, olhar, melodia da fala e gestos.

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Para entender essa complexidade, não basta estudar os participantes da pesquisa em laboratório, olhando para as telas dos computadores – um esquema tradicional de experimentos psicológicos. Precisamos estudar o comportamento natural das pessoas no mundo real, usando novos métodos de medição que lhes permitem consertar suas reações neurais e fisiológicas. Por exemplo, Anthony Hamilton, neurobiologista do University College of London, usou recentemente a apreensão de movimento para determinar o padrão de acenos muito rápidos que os ouvintes fazem para mostrar o que prestam atenção quando alguém diz. Hamilton mostrou que a interação melhora graças a esses sinais sutis, mas o fato de que, embora os falantes possam perceber essas informações, esses sinais do corpo não são visíveis a olho nu.

Em 2023, também poderemos finalmente começar a capturar dados neurais à medida que as pessoas se movem e conversam entre si. Não é fácil: as técnicas de imagem cerebral, como a ressonância magnética funcional (fMRI), envolvem a colocação dos participantes em scanners cerebrais de 12 toneladas. No entanto, um estudo recente conseguiu fazer isso com um grupo de pessoas autistas. Este trabalho é uma conquista impressionante, mas é claro que, até que as técnicas de ressonância magnética funcional se tornem muito menores e mais móveis, será impossível ver como os dados neurais se relacionam com os padrões de movimento e fala em uma conversa, de preferência entre os dois participantes da conversa. Por outro lado, outra técnica chamada espectroscopia funcional no infravermelho próximo (fNIRS) pode ser usada durante o movimento natural de pessoas. O fNIRS mede a mesma medida de atividade neural que o fMRI usando optodos que iluminam o couro cabeludo e analisam a luz refletida. O fNIRS já foi implantado em pessoas que realizam tarefas ao ar livre no centro de Londres, provando que o método pode ser usado para coletar dados neurais em paralelo com dados de movimento e fala durante interações humanas naturais.

Em 2023, também poderemos ver pela primeira vez como isso funciona em conversas em grandes grupos, que normalmente chegam a cerca de cinco pessoas. Isto é, obviamente, um grande desafio porque a conversa pode ser muito flexível e aberta, mas é necessário se quisermos compreender como os cérebros dos participantes coordenam estas danças subtis da conversa.

Estas descobertas representam grandes avanços no estudo científico da comunicação humana, uma das áreas mais fascinantes da neurociência cognitiva e da psicologia. É claro que sou um pouco tendencioso: estudei a percepção e a produção da fala humana durante décadas e acredito que a conversa é onde nossos processos cerebrais linguísticos, sociais e emocionais se unem. As conversas são universais e são a principal forma que as pessoas usam para gerenciar interações e conexões sociais. Eles são de grande importância para nossa saúde física e mental. Quando pudermos descobrir completamente a ciência da conversação, percorreremos um longo caminho para nos compreendermos.

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